Rio de Janeiro – Novos detalhes surgiram na chocante história do idoso levado já sem vida a uma agência bancária na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Erika Nunes, sobrinha de Paulo Roberto Braga, tentou realizar compras e contrair um novo empréstimo em nome do tio nos dias que antecederam o incidente.
O delegado Fábio Luiz da Silva Souza, responsável pelo caso na 34ª DP (Bangu), revelou que Erika buscou adquirir um celular e outros itens utilizando as credenciais financeiras de seu tio. “Há informações de que ela foi à Crefisa, tentou fazer a compra de alguns bens, como telefones”, explicou o delegado. Estas ações ocorreram entre a segunda (15) e terça-feira (16), pouco antes do idoso ser encontrado morto no Itaú do Calçadão de Bangu.
Investigação em Andamento
As autoridades intensificam as investigações para esclarecer a sequência de eventos. Atendentes da instituição financeira serão chamados para depor, contribuindo para a reconstrução dos acontecimentos.
O delegado Souza também destacou a gravidade da situação, independentemente do momento exato da morte de Paulo Roberto. “Isso não faz diferença nenhuma. O que faz acontecer o crime é ela [Erika] saber que a pessoa está morta e mesmo assim ela continuar com aquela conduta”, afirmou. Ele sugere que a sobrinha estava ciente da morte do idoso, mas prosseguiu com seus planos, configurando um possível delito.
Quebra de Sigilo Bancário Solicitada
Um passo crucial na investigação será a quebra do sigilo bancário do idoso. O delegado planeja solicitar ao judiciário acesso completo às movimentações financeiras de Paulo Roberto. “Vamos buscar informações de quantos empréstimos havia, se foram realizados outros em nome dele, outros financiamentos, ou seja, qualquer tipo de movimentação que tenha saído da conta dele”, disse Souza.
Testemunhas já começaram a ser ouvidas, incluindo Rafaela Souza, irmã de Érika, que confirmou que o idoso mantinha controle sobre suas contas bancárias e cartões. A polícia também tenta contactar outros familiares que possam fornecer mais informações sobre a dinâmica familiar e o estado de saúde de Paulo Roberto antes do incidente.
Aguardando Mais Depoimentos
As investigações continuam, com a polícia buscando testemunhas que possam detalhar como o idoso estava nos momentos antes de ser levado ao banco. “Por enquanto nenhum parente apareceu. A gente já buscou e não aparece. Qualquer parente que aparece dele é vinculado a Érika”, concluiu o delegado Fábio Luiz.
Este caso perturbador destaca questões sobre a segurança e vulnerabilidade dos idosos, além de levantar importantes discussões sobre a ética e legalidade nas ações de familiares de pessoas falecidas. As próximas etapas da investigação serão decisivas para entender melhor este trágico evento e suas circunstâncias.